TERRAS

14 OUT  2021 . 20:00
SALE GAMARITZ –
GARE DU MIDI,
BIARRITZ, FRANÇA

16 OUT 2021
PÔLE CULTUREL EV@SION
D’AMBARÈS ET LAGRAVE,
AMBARÈS-ET-LAGRAVE, FRANÇA

TERRAS “SOURCE” de André Mesquita © João Catarino

TERRAS

Coreografias:
Quando falte la lluvia,
Matxalen Bilbao (ES)
There is some wind this year,
my friend, La Tierce (FR)
SOURCE, André Mesquita (PT)
Interpretação:
Kale Companhia de Dança
Desenho de luz:
Joaquim Madail
Ensaiadoras:
Sara CM Moreira e
Inês Negrão
70’

A Kale Companhia de Dança propõe a sua nova criação com uma ode à TERRA(s) como inesgotável fonte de vida. O espetáculo em formato triplo propõe criações de Companhia La Tierce (FR), André Mesquita (PT) e Matxalen Bilbao (Bilbao, ES), fruto da colaboração da Kale Cia. com o projeto de cooperação transfronteiriço REGARDS CROISÉS (França, Espanha, Portugal).

Regards Croisés é um projeto de cooperação coreográfica para a difusão da dança contemporânea e a promoção de encontros entre o público, artistas e estruturas educativas, segundo a prática de três criadores oriundos de realidades geográficas distintas (Portugal, Espanha, França) com diferentes visões artísticas e culturais, promovido desde 2012/13 pelo laboratório de pesquisa coreográfica LE LABO da Companhia Malandain | Ballet Biarritz com direção artística de Gael Domënger. Coopera com a Kale Cia desde 2018, dando lugar à I Edição do REGARDS CROISÉS Portugal, promovido pela Kale Companhia de Dança, de 8 a 11 de outubro de 2020 no Armazém22, em Gaia.

A Kale Companhia de Dança propõe-se ser o veículo criativo de um espetáculo que junta em palco jovens bailarinos em diferentes estádios da sua carreira de formação e profissional, com coreógrafos também eles em diferentes etapas da sua carreira artística com a sua visão própria e única da linguagem da dança contemporânea.

© João Catarino

CUANDO FALTE LA LLUVIA…

“……Frente al mar, ante una montaña, entre los árboles de un bosque o a la entrada de un valle que se tiende a mis pies quiero ser naturaleza.”
A peça reflete sobre os vínculos entre natureza e ser humano. Um lugar de metáforas e paisagens cheio de sensações, formas e texturas. Um universo poético no qual interrogar e denunciar a nossa evolução em relação ao planeta.
Um elogio à natureza e a nós mesmos como parte dela. Um desejo de criar novos contextos e um mundo melhor.

Direção e Coreografia: Matxalen Bilbao
Intérpretes: Kale Companhia de Dança
Música: J. S. Bach, Arvo Pärt
Sonoplastia: Domingos Alves
Textos: Intérpretes
Voz: Tilike Coelho

© João Catarino

THERE IS SOME WIND
THIS YEAR, MY FRIEND

“There is some wind this year, my friend” é um convite para novas formas de atenção, tanto entre intérpretes e espectadores, bem como entre os próprios intérpretes. Imaginada como uma sucessão de “ouvertures” (aberturas), a coreografia – sensível e minimal – desdobra-se sobriamente entre os corpos em presença. No inverso das formas e dos gestos, no vazio entre os olhares dirigidos, surge uma conversa discreta – uma conversa sem palavras que sustenta espectadores e intérpretes, vivos, no mesmo sentimento de vulnerabilidade benevolente. Juntos, eles são um pouco como uma floresta: partilhando todos a mesma terra, atentos ao ar, sensíveis ao estado efémero e mutável das coisas.

Coreografia: La Tierce
Intérpretes: Kale Companhia de Dança
Música: Arte da Fuga, J. S. Bach

© João Catarino

SOURCE

“Source” (origem) é uma meditação simples sobre o corpo pensante, o corpo que dança. Uma meditação sem fim que vive no olhar do espectador em pura abstração de movimento.
A partir tão somente da reflexão sobre a palavra – origem – envolvemo-nos em fragmentos de movimento que nos levaram a passar pelo Começo, pelo Início, por Darwin, pela espécie, pelo Humano, pelo primórdio… e inequivocamente pelo amor…
A ORIGEM, desde a mais pequena partícula à mais complexa constelação de relações e formas de vida, do invisível, fragmentos de meteorito à possibilidade de um dia sermos espectadores de um fim apocalíptico.

Coreografia: André Mesquita
Intérpretes: Kale Companhia de Dança
Música: Simon James Phillips

Matxalen Bilbao
Bailarina, pedagoga e criadora, desenvolve o seu trabalho a partir de Bilbao. Ultimamente tem dirigido jovens bailarinos com os quais criou 2 peças para espaços urbanos. Colaborando com outros criadores trabalhou para distintas companhias, colaborando atualmente com a Compañía Traversée de Biarritz. Foi coreógrafa residente no projeto ATALAK 2.0 de Dantza Konpainia (2018). Obteve o prémio de Melhor Coreografia de Dança 2018 na La Danza Inunda Santander dentro do Festival La Espiral Contemporánea com a peça para espaços urbanos FUGAS. A docência é parte importante da sua trajetória formando desde há 20 anos. Apresentou trabalhos em encontros académicos organizados pela Asociación Española D+I: Danza más Investigación em colaboração com distintas Universidades. É diplomada em Educación Básica com a especialidade de Ciências Humanas pela U.P.V. Em 2008 obteve o Master em Artes y Ciencias del Espectáculo UPV. As suas criações foram apresentadas em prestigiados festivais: Regards Croisés (Biarritz), BAD (Bilbao) Festival de Artes Performativas Y#10 Covilha (Portugal) Dantzaldia (Bilbao), Le Temps d´aimer, Biarritz (Francia), Cádiz en Danza (Cádiz), Cuerpo y Ciudad (Buenos Aires), Pe de Piedra (Santiago de Compostela) Trayectos (Zaragoza) Festival 3D (Madrid), Algarve Dance Festival (Faro, Portugal), DansaValençia (Valencia) Huellas (Andalucía), Mes de Danza (Sevilla), 2ª Mostra de Dança para 4 Estações de Sintra (Portugal), Gutun Zuria (Bilbao), Festival 10 Sentidos (Valencia).

La Tierce é uma companhia composta por três bailarinos e coreógrafos, Sonia Garcia, Séverine Lefèvre et Charles Pietri. Criada e implantada em Bordéus desde 2014, estes desenvolvem conjuntamente um trabalho coreográfico sob a forma de peças de palco, de performances e de objetos de pesquisa diversos. Entre 2013 e 2016, criaram EXTRACTION, EN CREUX E INAUGURAL, onde convocam à vez um corpo ora figura ora paisagem e tentam explorar a circulação do olhar entre signo e ficção. Em 2015 criam ÉCRITURES e PRAXIS. Em 2018, os coreógrafos são convidados por Léa Bosshard e Rémy Heritier a propor uma pesquisa a partir da noção de Seuil para o projeto L’USAGE DU TERRAIN no estádio Sadi Carnot no Pantin. A última criação, D’APRES NATURE (2018) retorna ao palco de teatro tendo sido laureada pela bolsa da Fondação Beaumarchais-SACD. Nos seus últimos projetos, La Tierce beneficiou do apoio do Ministère de la Culture – DRAC Nouvelle Aquitaine, do Fonds d’Aide à la création da Ville de Bordeaux, do Office Artistique de la Région Nouvelle-Aquitaine, do Institut Départemental de Développement Artistique et Culturel de la Gironde e do Conseil départemental de la Gironde. A companhia é apoiada pelo Ministère de la Culture – DRAC Nouvelle-Aquitaine.

André Mesquita formou-se na Academia de Dança Contemporânea de Setúbal e na Companhia Nacional de Bailado, onde iniciou a sua carreira. Como bailarino passou também pela CeDeCe, pela CPBC e pelo Tanz Companie do Stadttheater Hildesheim (DE). Iniciou a sua atividade independente em 2006. Foi Fundador, Diretor Artístico e Coreógrafo Associado da TOK’ART – Plataforma de Criação. Coreografou em companhias como: Ballet Real da Flandres (BE), Balé da Cidade de São Paulo (BR), Danish Dance Theater (DK), Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo (PT), Tanz Luzern Theater (CH), Northwest Dance Project (USA), entre outros. Recebeu os prémios: Uncontainable II (Ballet Real da Flandres); como coreógrafo (13th International Solo-Tanz-Theater Festival); de produção do Cross Connection Ballet de Copenhaga (SE).Foi artista residente do Centro Cultural do Cartaxo e do Teatro Viriato. Apresentou o seu trabalho em vários festivais e países Europeus, Palestina, Estados Unidos da América, Brasil e na China. Criou “Heaven – ou ainda tu”; e “Nós – isto é o meu corpo”, “Romeu e Julieta” para o Ballet da Cidade de Niterói (RJ, BR) e “Salto” para o TNSJ, que recebeu o prémio de melhor coreografia do ano 2014 (SPA), também coreografou a “Dança dos Sete Véus”. Revisitou “Romeu e Julieta” para o Ballet da Cidade de Niterói e criou “Córtex”. Coreografou “Jackie” (Cidade das Artes, RJ, BR), “Alie” (Zagreb, HR), “Nostos” (Teatro Maria Matos), “Corpus” (Balé da Cidade de São Paulo), “Play” (Teatro Viriato).

A Kale Companhia de Dança é uma plataforma de crescimento para a interpretação, expondo jovens intérpretes a criadores com linguagens físicas e artísticas distintas com os seus estímulos e conceções da dança. Em 2013, iniciou uma nova fase do seu projeto com a estruturação de uma companhia de dança profissional. A linha conceptual que alicerça a construção da identidade da Kale relaciona-se com a abertura da dança a outras linguagens artísticas, assim como a contratação de um corpo de bailarinos que se adapte a diferentes linguagens e técnicas. Trabalhou no seu percurso com coreógrafos como André Mesquita, Matxalen Bilbao, La Tierce, Christine Hassid, Hélder Seabra, Jaiotz Osa, Gilles Baron, Olatz de Andrés, Paula Moreno, Eldad Ben-Sasson, Isabel Ariel, Elisabeth Lambeck, Marcelo Ferreira, Giselle Rodrigues, Paula Águas, Isabel Ariel. A Diretora e Diretora Artística da Kale Companhia de Dança, Joana Castro, assume o cargo em 2016, dando um novo rumo à companhia convidando diferentes coreógrafos de renome, e emergentes, para criar repertório e uma identidade na dança contemporânea caracterizada por um estilo rigoroso, técnico e de exploração de movimento genuíno, com um corpo de bailarinos jovem. Do seu projeto de internacionalização, a KALE integra desde 2018 a rede Danse qui Danse, juntamente com os parceiros Korzo / Países Baixos, Malandain Ballet Biarritz / França, Ginasiano Escola de Dança / Portugal, Dansk DanseTeater / Dinamarca e Scenario Pubblico / Compagnia Zappalà Danza / Italia e National Moravian-Silesian Ballet Company / República Checa.