CURTAS DE
DANÇA

2021

29 E 30/01/2022, 19H00
ARMAZÉM22, GAIA

O Curtas de Dança é uma mostra de trabalhos coreográficos de curta duração, à semelhança do exemplo cinematográfico curta-metragem, criado em 2016 pela Kale Companhia de Dança, através do seu projeto Armazém22. Para a temporada 2020-2022, acionou uma nova parceria de comunicação com o Rivoli, Teatro Municipal do Porto.

O foco desta iniciativa é a apresentação de objetos artísticos com uma forte vertente laboratorial, onde o artista pode experimentar os diferentes estádios da sua criação em formato de apresentação pública. O criador poderá fazer uso de diferentes tipologias de espaço disponíveis no Armazém22, sendo proposto um ambiente mais tradicional, em black-box, ou mais alternativos, utilizando espaços não convencionais como o Foyer, Bar, Estúdio.

O Curtas de Dança defende um espaço de maior liberdade performativa e onde artistas emergentes podem afirmar a sua visão e testar formatos enquanto intérpretes, criadores e pensadores da arte performativa.

Apresentações:
29 e 30.01.2022
Armazém22, Gaia

GANACHE

Gabriela Dória Nasser

Criação e Performance
Bibi Dória
Apoios
Forum Dança (PT),
O Rumo do Fumo (PT),
O Espaço do Tempo (PT),
La Place de la Danse (FR).

Parte deste trabalho foi desenvolvido no âmbito do PACAP – Programa Avançado de Criação em Artes Performativas / Edição 2, com curadoria de Sofia Dias & Vítor Roriz e promovido pelo Forum Dança.

GANACHE é uma mistura cremosa de chocolate e creme de leite, utilizado como cobertura ou recheio de bolos, cupcakes e outros itens de confeitaria. GANACHE é, também, o nome dado para a adaptação da obra solo É Puro Glacê (2019) em uma performance de curta duração. Considero ser mais uma das minhas tentativas de aproximação entre os temas de relato e ficção. Ou então, entre a potência da imaginação com a memória e sua abstração.

Bibi Dória (Campo Grande, Brasil). Graduada em Dança pela UNICAMP (BR). Trabalha na intersecção entre a dança, a performance e a linguagem audiovisual. Realizou seu primeiro trabalho solo É Puro Glacê no contexto do PACAP II – Fórum Dança (PT), apresentado no CDCN (FR), Festival Cartografias #2 (PT) e Festival Planalto (PT). Como atriz, atuou na peça A Menor Língua do Mundo de Alex Cassal e Paula Diogo, estreada no Festival Materiais Diversos 2019 e apresentada no Teatro Municipal do Porto, Espaço Alkantara e Teatro Nacional D. Maria II (PT). Foi premiada com a Residência em Dança 2020 do MIS – Museu da Imagem e do Som (BR). Seu último trabalho solo, nome de filme, integrou o programa Interferências 2021 (PT). Atualmente é co-criadora e performer de LA BURLA, obra dirigida pelo artista uruguaio Bruno Brandolino que conta com estreia prevista para Março de 2022 no Festival Transborda (PT).

UMA ÁGUA POR FAVOR

Maria Abrantes

Cocriação
João Sanchez e Maria Abrantes
Interpretação
João Sanchez;
Maria Abrantes;
Ana de Oliveira e Silva
Imagem
Francisca Niny de Castro
Produção
Pagárrenda

Não só de Puntz Puntz se faz a noite. Bebidas coloridas que nem arco íris de más decisões. Todos falam a mesma língua. Fumo e música alta. Puntz Puntz. Dançar com os olhos, dançar com os dedos, dançar de joelhos enfraquecidos porém de alma empoderada. Puntz Puntz. Copos ao alto, não há letra mas todos cantam. Viagem atribulada cercada de suor, epifanias e desconhecidos novos melhores amigos. Interrupção. Conversas sérias a sós com o espelho da casa de banho. Um ritual Neon Clássico. Todos os fins de semana. A manhã depois da noite anterior. Boca seca, ou ocupada. No final do dia, era apenas “uma água por favor”.

João Sanchez (1997) e Maria Abrantes (1998) residentes no mesmo segundo andar em Lisboa. João é actualmente freelancer nas áreas de imagem, edição, realização, correcção de cor e DJ. Maria trabalha essencialmente no ramo da dança como intérprete, professora e criadora. Em ilustração e produção plástica pelo nome Cagari Cagaró.
Ambos se formaram pela Escola Artística António Arroio em cinema e realização plástica do espétaculo, mais tarde em Imagem pela Escola Superior de Teatro e Cinema e Dança pela escola Superior de Dança, respectivamente. Maria integrou o PACAP #4 Programa Avançado de Criação Em Artes Performativas (2020) pelo Forum Dança.
Criaram juntos BICHO! um colectivo que trabalha em formato site-specific (2019) e o filme experimental A Invenção do Beijo com estreia apoiada pelo jornal Público e artigo na revista Merge em 2020.
Uma Água Por Favor é o projecto multidisciplinar que procura cruzar as áreas de ambos.

CONCRETE

Lea Siebrecht

Autora e Realizadora
Lea Siebrecht
Produção
ADOFF Arquitetos e Lea Siebrecht
Diretor de Fotografia
João Faia
Música
Rival Consoles
Coreografia e Interpretação
Catarina Otto Reuss, CM canela Seca, Duarte Valadares, Lea Siebrecht
Operação de Câmara
João Faia e Tiago Ferreirinha
Assistente de Câmera
Tiago Reis
Operação de Drone
Leonardo Rodrigues, Luís Octávio Costa, Pedro Fragoso Lopes
Behind the scenes
Joana Meneses
Registo fotográfico
Joana Meneses, Leonardo Rodrigues, Luís Octávio Costa
Pós produção
Lea Siebrecht
Edição e cor
Lea Siebrecht e João Faia
Sequência de títulos e texto:
Lea Siebrecht e Manuel Lemos
Styling
Lea Siebrecht e Catarina Otto Reuss
Marca de Roupa
SIZ BRAND
Colaborações Especiais
ADOFF arquitetos,
SIZ BRAND, Quinta Vale do Conde.

CONCRETE representa um espaço que antes era um edifício seco, árido, imovel e isolado que passou a ser um local de dinâmica, diálogo e vida. As interações entre os corpos e o espaço, criam ápices performativos que só existem naquele sítio naquele momento. Havendo contrastes entre o eterno e o espontâneo, algo estático e algo móvel, luminosidade e escuridão, dentro e fora, cor enquanto foco e cor enquanto camuflagem.

Nascida no Alentejo, Vila Viçosa e a residir no Porto desde 2012, Lea Siebrecht tem 23 anos e é uma jovem criadora e intérpretes de dança contemporanea. Estudou no conservatório de música da Jobra e fez o primeiro ano de licenciatura na Girne American University, Chipre. Em 2018 criou e apresentou a performance “HOJE” . Em 2019 tornou-se autora e realizadora do “A Site Specific dance project” e foi vencedora do título de “Melhor filme de moda de autor” pelo Porto Fashion Film Festival 2019, com a sua primeira estreia “ZERO”. Em 2020 dançou na peça “Uma Singela Floresta de Pessoas”, com a companhia de dança e teatro NAPALM. Na mesma companhia, tornou-se formadora de movimento no curso intensivo de teatro. Em 2021 inicia a criação da sua primeira peça de dança “A MATRIZ” e, com esta proposta realiza uma residência artística para jovens coreógrafos na Companhia Paulo Ribeiro.

MUD

Melissa Yeniret Pérez Sousa

Direção, Coreografía e Realização
Melissa Sousa
Filmagem
Catarina Adão
Fotografia
Joana Rodrigues
Maquilhagem
Inês Malaquias
Parceiros
Final Version Studios, Oliva Creative Factory, Academia de Dança Attitude, Dance Academy Vigo
Financiamento
Direção Geral das Artes
Bailarinos e Co-Coreógrafos
Catarina Campos, Martín Rodrigues, Renato García
Música
António Sanchez – Get Ready
António Sanchez – Internal wa

MUD moist, muddle, soft, earth.
Um movimento indefinido.
E uma passagem ficcional que se debruça na luta interna, num paralelo daquilo que é exteriorizado em tempo real.
Exprimir uma histeria controlada, o paradoxo do ser.
Um eu que brinca com muros.
Usamos a COR como espécie de intruso discreto, num corpo atento que responde a estímulos projetados, influenciados.
Numa tentativa de simbolizar qualquer coisa de “cru”, num processo de contensão e exploração.

Melissa Sousa estudou Interpretaçãção em Dança Contemporânea na UNEARTE em Caracas e Danças Urbanas na Peridance Capezio Center em Nova Iorque. Vencedora de competiçõ es de improvisaçãção nas categorias de Hip Hop e House. Como intérprete teve experiências profissionais com Sandrine Lescourant, Dana Foglia, Ladies of Hip Hop, Alvin Alley School, Jorge Gonçalves, Joclécio Azevedo e Catarina Campos. Tem formação profissional em realização e edição em Cinematografía em entidades como IPCI e Filmes da Mente.
Cocriadora de “BOWND” (2019), criadora de “”En El Vacio” (2017). Co-Fundadora e Co-Diretora Artística de LOOP Festival. Em 2021 trabalhou com Marco da Silva Ferreira em “Bisonte”, é interprete em “BATE FADO” de Jonas&Lander e em “Especular uma coisa entre nós” de Jorge Gonçalves.